As mulheres foram detidas na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, e os homens foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, de segurança máxima, conhecido por abrigar alguns dos criminosos mais perigosos e famosos do país. Todos eles dividem a rotina com os demais presos: 4 refeições diárias, duas horas de banho de sol e visitas limitadas.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), todos os presos e presas – incluindo os detidos pelos atos terroristas de 8 de janeiro – têm direito a 4 refeições diárias:
- Café da manhã: pão com manteiga ou margarina e um achocolatado
- Almoço: refeição de 650 gramas (150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão - 90g de grão e 60g de caldo - e 200g de arroz) e um suco de caixinha
- Jantar: refeição de 650 gramas (150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão - 90g de grão e 60g de caldo - e 200g de arroz)
- Ceia: sanduíche e uma fruta
Em relação à higiene, todos os presos recebem kits de higiene pessoal e coletiva ao entrar nas unidades. Esses itens são mensalmente renovados. Eles também colchões e outros materiais individuais. Os detentos também podem receber itens de higiene da família.
Os kits de higiene individual são compostos por:
- Um creme dental
- Uma escova de dente
- 1 kg de sabão em pó
- Dois rolos de papel higiênico
- Um desodorante
- Um sabonete líquido
Os detentos e detentas têm duas horas diárias de banho de sol nos pátios das unidades prisionais.
Em relação às visitas, os presos podem dar o nome de até 9 familiares e um amigo para se cadastrar e ficarem aptos a realizar visitas. Contudo, por questões de segurança, segundo a Seape, é permitida a entrada de apenas duas pessoas por visita.
Segundo os defensores, as celas onde ficam os presos têm:
- Uma pia
- Um chuveiro com água fria
- Um vaso sanitário
O banheiro fica à vista de quem passa no corredor, sem privacidade para os presos realizarem suas necessidades. As portas das celas são chapeadas e há algumas ventanas, que permitem iluminação e ventilação "mediana". Há camas de concreto e colchões. A Seape não informou o tamanho das celas.
Em inspeção realizada por promotores da Defensoria Pública da União (DPU), no dia 12 de janeiro, alguns dos presos relataram má qualidade dos alimentos e pouca quantidade de frutas. Segundo o relatório, à época, houve descarte de boa parte das marmitas, "por não conseguirem comer devido ao gosto ruim e ao mau preparo".
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), a população carcerária do DF aumentou em 10% após a prisão dos envolvidos nos ataques às sedes dos três poderes.
G1