"A Polícia Civil tem o compromisso de apurar e coibir os crimes praticados por discriminação", explica Danielle Mendonça, delegada responsável pela Decrim. "Esses crimes já eram registrados, e agora temos uma delegacia especializada, com um efetivo especializado e localizada em um prédio onde existe parceria com outros órgãos", enfatiza.
"Em paralelo à investigação e responsabilização criminal dos autores dos delitos, vamos trabalhar o acolhimento da vítima. Quando há uma conduta discriminatória, a vítima é atingida na sua autoestima, saúde psicológica etc. Por isso a relevância dessa integração", aponta a delegada.
Crimes de discriminação podem ser registrados em qualquer delegacia do Estado e na Delegacia Eletrônica. Com a inauguração da Decrim, os casos serão encaminhados para a especializada.
"Vamos ter todo um trabalho na área da segurança para que aqueles que praticam crimes efetivamente respondam e sejam punidos, mas também precisamos prevenir. Isso implica termos uma formação cultural e educacional de respeito e amor ao próximo", afirma o governador Elmano de Freitas, presente no evento.
No Ceará, conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), os casos de intolerância religiosa mais que quintuplicaram entre 2019 e 2022: indo de três para 16. Já em relação aos crimes de discriminação contra pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travesis, Transexuais, Queers, Intersexo, Assexuais e outros), foram registrados 193 casos em 2022 no Estado. Foram ainda 171 ocorrências de preconceito de raça e cor no ano passado.
O POVO