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Atos de conscientização sobre o autismo são promovidos em Santa Quitéria

Atos de conscientização sobre o autismo são promovidos em Santa Quitéria

03/04/2023 às 19h31
Por: Thiago Rodrigues
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Fotos: Júlio Gaúcho/AVSQ

Neste domingo (2) e segunda (3), ocorreram atos de conscientização sobre o autismo em Santa Quitéria. No primeiro momento, aconteceu uma carreata pelos bairros, promovida pelo movimento Mães Atípicas e APAE e hoje, foi realizada uma caminhada pelas ruas do centro, organizada pela Prefeitura Municipal.

Os eventos reuniram mães, crianças, profissionais da saúde e apoiadores da causa para falar sobre o autismo. No município, existem pelo menos 316 crianças laudadas na sede e interior, conforme dados do próprio movimento, enquanto várias outras ainda aguardam serem avaliadas por psiquiatra ou neuropediatra para ter o diagnóstico do transtorno.


Francisca Quitéria, do bairro Pereiros, é mãe de uma criança autista, e comenta que esse momento é importante para que a sociedade reconheça as lutas, de forma que as tornem mais fáceis. Ana Paula tem um filho com autismo severo e epilepsia, e afirma que busca quebrar o tabu do preconceito para adaptar a criança ao meio social.

“Ele faz tratamento lá na Casa Amiga da Criança, faz fonoaudiologia, fisioterapia e ajuda muito. Foi um ano dando crise compulsiva direto, ele não conseguia andar, ele não falava, mas com o tratamento ele está bem melhor”, afirma Paula, e completa: “é um desafio grande, mas o amor supera tudo”.


O secretário de saúde, Marcos William Noronha, declara que é necessário um cuidado especializado e políticas públicas voltadas para a causa. “A gente tem que reestruturar não só o nosso sistema de saúde, mas o de educação e de assistência social, para que ele seja contemplativo e consiga trazer a melhor forma de convivência com as crianças e as mães”, afirma.

Este momento busca também conscientizar as famílias que o diagnóstico precoce ajuda na qualidade de vida. A vice-presidente da APAE, Josy Muniz, comenta: “quando diagnosticado cedo, tratado, fazendo todos os tratamentos e medicação, a criança ou o adulto, ele é inserido na sociedade normalmente, eles tem uma condição de vida bem melhor.”, finaliza.
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