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Haddad anuncia acordo com Shein, que vai nacionalizar 85% das vendas

Haddad anuncia acordo com Shein, que vai nacionalizar 85% das vendas

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
20/04/2023 às 13h33 Atualizada em 20/04/2023 às 13h33
Haddad anuncia acordo com Shein, que vai nacionalizar 85% das vendas
Foto: Reprodução

Haddad esteve reunido com a Shein na manhã desta quinta, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo. O acordo foi intermediado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva. As varejistas brasileiras têm sofrido com a concorrência de empresas asiáticas como Shein, Shoppee e AliExpress, que, segundo o governo, estariam se passando por pessoas físicas para enviar as encomendas a clientes do Brasil sem cobrança de imposto.

Nesta semana, o governo decidiu manter a isenção de impostos para transações internacionais entre pessoas físicas em compras de até US$ 50, recuando de uma decisão que havia sido anunciada dias antes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à equipe econômica que resolvesse o problema “administrativamente”. Segundo Haddad, a solução começou a ser construída a partir desse acordo com a Shein.

“Hoje nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas muito importantes. Eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário, com outros portais e todo o comércio eletrônico, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.

“Em segundo lugar, eles pretendem, em quatro anos, nacionalizar 85% das suas vendas. Os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimento e geração de oportunidades no mercado brasileiro, mas é uma coisa para nós muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, prosseguiu o ministro.

Segundo Haddad, a única condição apresentada pela Shein é que a regra “valha para todos. “Esta é a única contrapartida feita a nós e nós, obviamente, não queremos nada diferente, queremos condições iguais para todo mundo. Se a regra valer para todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade. Não repassarão para o consumidor”, disse o ministro da Fazenda.

Metrópoles