Um vídeo registrou o momento em que Pablo faz o gesto. Na gravação, ele aparece em uma festa com amigos e, em determinado momento, vira para a câmera e, dançando, faz um sinal com os dedos que seria de uma facção rival às dos suspeitos do sequestro.
A mãe da vítima, Cassia Aparecida Coelho, contou que a família é de Pradópolis (SP), e que Pablo viajou para Mato Grosso a trabalho. Ele atuava como caldeireiro, em Nova Ubiratã. O delegado responsável pelo caso, Bruno França, informou que um segundo jovem teria sido sequestrado junto com Pablo, mas conseguiu escapar.
As vítimas teriam sido levadas a uma casa, onde foram torturadas. No dia 21 de abril, um deles foi preso. Em diligências na área onde Pablo teria sido deixado, os policiais localizaram outro suspeito, que reagiu à abordagem e foi morto pela polícia.
A polícia informou que o inquérito policial em relação à vítima que escapou já foi concluído. Três suspeitos presos, até o momento, responderão pelos crimes de tortura majorada mediante sequestro, tráfico e associação para o tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Em relação à vítima Pablo Ronaldo, o segundo inquérito instaurado apura o crime de homicídio, tortura e ocultação de cadáver. A mãe de Pablo, no entanto, tem esperança de que o filho esteja vivo e pede ajuda para encontrá-lo.
“Vim aqui pedir que, se alguém souber de qualquer informação que possa levar ao paradeiro do meu filho, que nos fale. A gente não quer prejudicar ninguém, pode falar anonimamente, mas nos ajude. E se você ainda estiver com meu filho, por favor, solte ele, vocês pegaram a pessoa errada. Ele estava aí só para trabalhar”, diz.
G1