Ciro criticou no evento o teto de gastos e o arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que ele afirmou estar “completamente entregue à banqueirada”, e disse que o país não possui mais projeto para nada.
Ele ainda afirmou que o atual presidente é o responsável pelo que chamou de reacionarismo no país, e que não possui compromisso com a mudança do país. Criticou a possível indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF (Supremo Tribunal Federal) e a liberação das emendas para o Congresso Nacional. Também repetiu declarações da época da campanha, como a respeito da anulação das condenações de Lula pelo Supremo, em 2021. “Caramba, o Lula foi parar na cadeia. Será possível que não aprendemos nada ou nós acreditamos que o Lula foi inocentado? Ele não foi inocentado. O Lula teve direito a presunção de inocência restaurada, é diferente de ser inocentado num julgamento, por quê? Porque o processo devido legal ele nunca teve, e eu denunciei na mesma hora.”
Apesar das afirmações, o ex-presidenciável disse que, diferentemente de Bolsonaro, pode conversar com o petista sobre os problemas do Brasil. “Com Lula eu saio para tomar uma cerveja para dizer essas verdades todas para ele. Com Bolsonaro, eu não saio”, ressaltou.
Ciro vendeu-se como uma opção de terceira via no pleito passado, mas terminou o primeiro turno em quarto lugar, com 3% dos votos válidos. Foi um crítico duro de Lula e do PT durante a campanha eleitoral do ano passado, mas declarou um tímido apoio ao petista no segundo turno, afirmando “seguir a orientação do partido”.
O PDT, hoje, contempla a base do atual presidente, e possui um ministério, o de Carlos Lupi, da Previdência. Em 15 de abril, fez uma aparição pública durante evento do PDT no Ceará, quando restringiu sua fala ao contexto local e defendeu que José Sarto dispute novamente a prefeitura da cidade em 2024. Nas redes sociais, não tem se manifestado sobre temas do governo federal desde a época da campanha.
O OTIMISTA