Em seu testemunho, Edson conta que desde criança, havia sido desafiado para preparar uma obra com São Luiz Gonzaga e então, resolveu cumprir a missão, fazendo-o e oferecendo à uma outra igreja, porém lá foi recusado. Tendo isto lhe causado mal, chegou até a pensar em desfazer a estátua, porém manteve e após uma busca na internet, encontrou o padroeiro em Trapiá e tendo sentido isso como um motivante para fazer a sua doação para lá, tendo passado por um tortuoso caminho até chegar à comunidade.
O contato para a capela receber a estátua se deu no mês de abril. “Essa família que encontrei aqui, o aconchego, vou levar dentro do meu peito. A missão de Cristo não mede onde vai, ela tem um amor e vou seguir junto com minha equipe de trabalho. Muito grato por tudo, assim como me conduziram, eu conduzi São Luiz Gonzaga pra entregar nas mãos de vocês, cuidem como filho, tiro do meu peito e entrego pra comunidade”, contou.
Ele chegou em carreata, ladeado pelos próprios moradores, que acompanharam e ajudaram a montar em uma base, ao lado da capela. Com este, Trapiá terá o terceiro símbolo religioso: a própria Igreja com 112 anos e o cruzeiro no Serrote.
Para Fransquinha Soares, coordenadora da capela, é um marco histórico para os trapiaenses. “Uma imagem que você olha e recorda todo um passado, um trajetório, de alguém que nos espelhamos. Um padroeiro muito querido, devido a sua vida fervorosa, antecipamos a festa para celebrar este momento alegre”, destaca.
“Quis os desígnios de Deus que a imagem chegasse a este território, no dia da abertura da festa”, afirmou o pároco Pe. Fábio Nascimento, complementando como um histórico muito interessante, de uma estátua feita que não viria para cá e que representa algo muito rico cultural, social e espiritual.
