A ONG Cactus (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido), uma das principais organizações não governamentais de Santa Quitéria, foi uma das 23 entidades selecionadas pelo Governo do Estado, para ser Unidade Gerenciadora das cozinhas do programa Ceará Sem Fome.
Através destas unidades, serão produzidas e entregues, cinco dias na semana, uma refeição para as pessoas mais carentes, atendidas pela iniciativa de combate à fome. Na região de Santa Quitéria, que também contempla aos municípios de Ararendá, Catunda, Hidrolândia, Ipueiras, Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Poranga e Tamboril, serão cerca de 3.125 refeições por dia e estimativa de apoiar até 50 cozinhas.
Segundo o diretor Homero Novaes, a ONG receberá recursos para contratar equipes que vão gerenciar cada cozinha, bem como custear os alimentos, logística, manutenção, dentre outros custos. Não será instalado um prédio para cada, mas buscará apoiar onde já tem projetos de combate à fome em cada cidade. Para isso, se buscará parceria com outros entes, como prefeituras, igrejas e sindicatos ou com cozinhas informais, que já atuam de forma solidária.
“É um projeto desafiador, resolvemos encarar não financeiramente, mas pela solidariedade. O governo tá apostando nisto, imaginar pessoas que não tem a possibilidade de uma refeição, tirar as pessoas da pobreza extrema e a Cactus espera, principalmente, buscar famílias que já tenham uma estrutura de cozinha, um freezer pra armazenar, que queira solidariamente, porque vamos bancar os custos para fazer isto”, explica.
O termo de colaboração será firmado com a Secretaria do Desenvolvimento Agrário e posteriormente, será aberto o sistema para credenciamento das cozinhas, que também serão verificadas em visita técnica e estando tudo validado, passe a receber os recursos para a produção das refeições. Eles também passarão por capacitações de boas práticas, que englobam a aquisição e a manipulação de alimentos, além de ações que evitem o desperdício.
Ainda segundo Homero, no decorrer deste mês, as tratativas ocorrerão nas nove cidades para agilizar a execução, vide pressa que o próprio Estado tem em iniciar. Ao término de todo o processo, a previsão é que o Ceará Sem Fome possua até 1.298 Unidades Sociais Produtoras de Refeições, que ficarão responsáveis por produzir 100 mil quentinhas prontas em todo o estado.