Um comunicado divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quinta-feira (27) aponta que o atual mês de julho está a caminho de se tornar o mês mais quente de toda a série histórica de medições.
A afirmação tem como base os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), um observatório financiado pela União Europeia. O Copernicus já verificou que as três primeiras semanas deste mês registraram uma temperatura média global acima de qualquer outro período equivalente já monitorado desde 1940.
No começo deste mês, o Copernicus declarou junho como o mês mais quente a nível global, um pouco mais de 0.5°C acima da média de 1991-2020, o que superou por ampla margem o recorde anterior de 2019.
As análises corroboram projeção da Nasa para o atual mês. A agência espacial americana prevê temperaturas ainda mais elevadas em 2024, quando o atual fenômeno El Niño deve atingir seu pico.
"As emissões antropogênicas (causadas pelo homem) são, em última análise, o principal impulsionador desse aumento de temperatura. O recorde de julho provavelmente não será um caso isolado este ano", afirma Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).