O ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu aos R$ 17,1 milhões transferidos às suas contas bancárias via pix, entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. Neste sábado (29), ele discursou em um evento do PL Mulher, em Florianópolis (SC), ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
A quantia foi registrada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que também apontou que esse valor foi movimentado através de 769 mil transações feitas para a conta do ex-chefe do Executivo efetuadas no primeiro semestre de 2023.
Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no pix há poucas semanas. Mais do que o valor depositado, quase 1 milhão de pessoas colaboraram com R$ 0,01 a R$ 20 em média. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle”, afirmou.
Na mesma fala, Bolsonaro voltou a criticar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que retirou todos os seus direitos políticos pelos próximos oito anos, tornando-o inelegível por esse período.
“Triste o país onde autoridades do Judiciário punem os seus cidadãos não pelos seus erros, mas pelas suas virtudes. Me tiraram o direito político, mas isso não nos abala. Temos milhares de sementes por todo o Brasil”.
Além disso, o ex-mandatário fez críticas à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que tem “orgulho de ser comunista".
“Esse cara não sabe o que é liberdade, não sabe o que é democracia, o que é prosperar”.
Bolsonaro também voltou a criticar a reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 6 de julho e em análise pelo Senado no segundo semestre. Segundo ele, “triste o país que dá carta branca para uma pessoa escolher a carga tributária”, referindo-se, também, a Lula.
Apesar da campanha contrária feita por Bolsonaro, 20 dos 99 deputados federais do PL votaram a favor da reforma tributária. No Senado, parte da bancada também considera apoiar a proposta.