Uma tragédia abalou a comunidade de Guaraciaba do Norte, quando Madalena Marques Vera, de 26 anos, grávida de gêmeas, veio a óbito após uma série de fatos que levantam sérias preocupações sobre o atendimento médico que ela recebeu nos últimos dias. Madalena residia no distrito de Sussuanha, na zona rural de Guaraciaba do Norte.
A gestante, em situação de emergência, foi transferida de Guaraciaba do Norte para o Hospital São Camilo em Tianguá no dia 3 de outubro. Na manhã do dia 4, Madalena chegou ao hospital para realizar uma avaliação crucial. No entanto, a situação se agravou devido à falta de incubadoras no hospital. A família relatou que o hospital tinha apenas uma incubadora, quando, no caso das gêmeas, eram necessárias duas.
Em busca de atendimento adequado, em 6 de outubro, Maria Madalena foi transferida para a Santa Casa de Sobral. Lamentavelmente, o parto não foi realizado imediatamente. De acordo com informações da família, o hospital realizou exames, assegurando que estava tudo bem com as bebês e que não havia urgência em realizar o parto. Essa decisão foi tomada, apesar das recomendações de um médico que acompanhava a gestante em Guaraciaba do Norte.
Foram dez angustiantes dias no hospital até que, finalmente, na manhã de segunda-feira, 16 de outubro, Madalena passou por uma cesariana. Tragicamente, ambas as crianças vieram a óbito. Maria Madalena teve sua placenta retirada no parto e precisou ser entubada. Infelizmente, ela não resistiu e faleceu por volta das 21:00 do mesmo dia.
A família de Thiago, esposo de Madalena, alega que não foram comunicados da morte de Madalena e só souberam da tragédia na manhã do dia 17, por meio de terceiros, mesmo estando no hospital em busca de informações. Agora, a família solicitou a realização de perícia nos corpos e está planejando entrar com uma ação contra a Santa Casa de Sobral por negligência.