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Rastreio ilegal de celulares acabou na prisão de dois agentes da Abin em ação da PF

A "Operação Última Milha" investiga servidores de um programa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que estavam utilizando indevidamente o sistema de geolocalização de celulares sem autorização judicial

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20/10/2023 às 12h33 Atualizada em 20/10/2023 às 14h54
Rastreio ilegal de celulares acabou na prisão de dois agentes da Abin em ação da PF
Foto: Reprodução/ Internet

Nesta manhã de sexta-feira, dia 20, a Polícia Federal desencadeou a "Operação Última Milha" com o objetivo de investigar servidores de um programa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que estavam utilizando indevidamente o sistema de geolocalização de celulares sem autorização judicial.

Através de dispositivos móveis, cerca de 10 mil indivíduos foram monitorados pela Abin ao longo de um período de doze meses, com o programa tendo acesso aos dados por meio dos números de telefone.

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A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que o sistema de geolocalização foi implantado de maneira inadequada na infraestrutura crítica da telefonia brasileira.

Como resultado da operação, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão preventiva, distribuídos em cinco estados do Brasil.

Além da invasão dos dispositivos móveis, os dois servidores investigados também estão sob suspeita de utilizar seu conhecimento sobre o uso inadequado do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão. As ordens judiciais foram emitidas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin de suas funções.