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Polícia confirma identidade de mulher que foi assassinada e teve partes do corpo espalhadas pela cidade

Caso começou a ser investigado após torso do corpo ter sido encontrado dentro de uma mala em um guarda-volumes de uma rodoviária

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: G1
08/09/2025 às 13h46
Polícia confirma identidade de mulher que foi assassinada e teve partes do corpo espalhadas pela cidade
Foto: Reprodução / Ronaldo Bernardi/ Agência RBS

A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (8), a identidade da mulher que foi assassinada e teve partes do corpo espalhadas por Porto Alegre – caso que começou a ser investigado quando o torso da vítima foi encontrado dentro de uma mala em um guarda-volumes da rodoviária da capital. O nome dela é Brasília Costa, de 65 anos.

Conforme a Polícia Civil, ela era natural de Arroio Grande, na Região Sul do estado, residia na Zona Norte de Porto Alegre e trabalhava como manicure em salões de beleza.

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O suspeito preso preventivamente pelo crime é o publicitário Ricardo Jardim que, em 2018, havia sido condenado a 28 anos por matar e concretar a mãe. Até a mais recente atualização desta reportagem, ele não havia constituído defesa, segundo a Polícia Civil.

Essa mulher é gaúcha, tinha um relacionamento com ele. Está muito claro que ele tinha intenção de tirar dinheiro dessa mulher", afirma o delegado.

O suspeito estava com o celular da vítima e teria se passado pela mulher em mensagens para familiares após o crime. O conteúdo do aparelho e de outros dispositivos apreendidos será analisado pelos peritos.

A principal linha de investigação aponta que, como o homem estaria enviando mensagens pelo celular da vítima, nenhum amigo ou familiar teria suspeitado de que algo estava errado e, assim, não houve registro de desaparecimento.

O que a polícia já estabeleceu sobre a dinâmica

  • Depósito da mala: câmeras mostram um homem deixando a mala no dia 20 de agosto no guarda-volumes da rodoviária. O volume ficou no local por cerca de 12 dias, até ser aberto pela equipe do setor devido ao odor;
  • Planejamento e ocultação: o autor removeu as pontas dos dedos dos membros para dificultar a identificação e deixou a cabeça por último, estratégia que, segundo a polícia, visava retardar o reconhecimento da vítima;
  • Relacionamento e possível motivação: segundo a investigação, o suspeito mantinha relacionamento com a vítima e tentou usar os cartões dela. Comprovantes de transações entre ambos foram encontrados. A motivação financeira é apurada;
  • Apreensões: com o suspeito, os policiais apreenderam celulares e notebook material será periciado após pedidos judiciais de acesso aos dados;
  • Classificação do crime: a Polícia Civil trata o caso, neste momento, como feminicídio. Laudos complementares devem apontar a causa da morte quando houver reunião de todas as partes do corpo.

Próximos passos da investigação

A cabeça da vítima ainda não foi localizada. Essa etapa é para permitir a identificação completa do corpo e contribuir para a definição precisa da causa da morte.

Além disso, os investigadores devem realizar perícia no celular da vítima e nos demais dispositivos eletrônicos apreendidos. O objetivo é confirmar se as mensagens enviadas em nome da vítima foram realmente redigidas por ela, além de rastrear possíveis movimentações financeiras e digitais que possam esclarecer o contexto do crime.