Mais de 4 mil pessoas, principalmente mulheres, saíram às ruas de Varjota na noite deste sábado (28/10), em uma manifestação pacífica pedindo justiça diante dos dois últimos femincídios e pelo fim da violência contra mulheres. O movimento ganhou ainda mais corpo após a notícia da prisão de Rafael Vasconcelos, ocorrida horas antes, por ter assassinado de forma covarde e brutal a professora Flávia Sena.
Centenas de pessoas já haviam se concentrado a tarde em frente a Delegacia de Polícia Civil por quase duas horas num acesso de revolta e a tentativa de linchá-lo, enquanto o acusado estava lá detido aguardando ser recambiado para Sobral.
Empunhando faixas, cartazes, blusas e entoando gritos de justiça por Dulce Maria e Flávia, a população percorreu a avenida Presidente Castelo Branco, tanto a pé quanto em motos, fazendo uma parada em frente a residência da professora, onde rezaram de forma coletiva uma oração em sua memória e concluindo a passeata no patamar da Igreja Matriz, com alguns pronunciamentos e afixando os cartazes nas grades da igreja.
"Que amplie a segurança com Delegacias das mulheres, para que crimes como este possam ser investigados com mais rapidez e os criminosos sejam punidos e julgados, e faça-se justiça, é isso que a população clama e não com pouco tempo solto", afirmou a vice-prefeita Alessandra Araújo.
"Como que um cara diz que daqui 15 dias a Flávia Sena tá esquecida, o esposo, tem filhos, dizer um negócio desse. A resposta foi diferente e que sirva de exemplo pra outras cidades", explanou o secretário de segurança Tenente Linha Dura.
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