Antes de ser preso, Rafael Vasconcelos declarou em um áudio gravado a um amigo, total frieza e descrença em relação a elucidação da morte de sua esposa Flávia Sena, chegando inclusive a afirmar que a "Polícia não desvendaria p*rra nenhuma" e que a sua mulher seria apenas "mais um número para a estatística" e que em 15 dias, as pessoas não se lembrariam mais dela. A gravação de pouco mais de dois minutos passou a circular logo após a sua prisão.
"O próprio delegado chegou pra mim e disse que era um caso muito difícil, porque não tem testemunha, não tem nada. A Flávia vai virar mais um número pra estatística, pelo que eu tô vendo. Com o tempo, o povo vai esquecendo da gente, isso é só agora, eu boto mais 15 dias, o povo nem se lembra mais quem é Flávia Sena até aparecer outra fofoca, o povo vai esquecer", disse, de forma bastante calculista.
No seu interrogatório, Rafael negou a autoria do crime, entretanto, conforme o delegado Afonso Timbó, foi o comportamento e as contradições constatadas, principalmente em relação a versão da vítima ter saído de casa para fazer caminhada, e conflitadas através das câmeras que embasaram a prisão temporária.
Na mesma gravação, o acusado demonstra preocupação em relação a sair de casa e que precisa de apoio dos amigos, por ter "muita gente falando besteira, pode ter alguém revoltado que acredita nessas conversas e pode vim pra cima de mim". Nos dias anteriores, ele foi visto circulando em restaurantes e nas ruas dando aparência de "normalidade".
A Voz de Santa Quitéria também teve acesso a outros nove áudios enviados por Rafael, com durações entre 1 e 3 minutos cada. Resumidamente, com alguns trechos, diz: