No Ceará, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, não é considerado feriado, uma lacuna que desaponta ativistas das pautas raciais. Ao contrário de outros estados, como São Paulo, que oficializaram a data como feriado estadual, o Ceará não possui legislação que garanta o recesso neste dia.
Conforme publicado pelo g1, Josélia Gomes, militante do movimento negro unificado do Ceará, expressou seu descontentamento com a ausência do feriado no estado. "Eu concordo que deveria ser feriado porque é uma data com importância para o Brasil, para a movimentação negral, a pauta racial. Acho que deveria ser em território nacional”, disse.
A ativista, que também é criadora da página Profissionais Negros do Ceará, questionou a discrepância entre a comemoração da Data Magna, que celebra o pioneirismo do Ceará no fim da escravatura, e a não concessão de feriado no Dia da Consciência Negra. Josélia argumenta que a celebração deveria ser nacional e não limitada apenas à Data Magna.
Ela observou a importância de não concentrar a atenção na pauta racial apenas em novembro, destacando que as movimentações ao longo do ano merecem a mesma atenção e relevância. A falta de feriado para o Dia da Consciência Negra reflete uma realidade nacional, já que não é considerado ponto facultativo em nível nacional, dependendo de leis municipais ou estaduais.