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Idosa declarada morta por hospital é descoberta viva por funcionário às vésperas de ser cremada

A mulher morreu cerca de 30 horas depois que foi levada para o quarto

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: NSC Total
30/11/2023 às 07h41
Idosa declarada morta por hospital é descoberta viva por funcionário às vésperas de ser cremada
Foto: Reprodução

Uma idosa de 90 anos foi encontrada viva pelo funcionário de um crematório, dentro de um saco preto, após o hospital ter declarado a morte dela. O caso ocorreu no Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, no sábado (25), segundo a família da vítima. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o corpo da idosa não chegou a deixar o hospital e, logo após o ocorrido, ela teria voltado para o quarto.

Norma Silveira da Silva deu entrada no hospital depois de ser encontrada desacordada em casa. Na unidade, ela foi encaminhada à sala de reanimação pela equipe médica, sem acompanhante. Um dos médicos conversou com o filho da vítima e relatou que o quadro de saúde era grave e ela não teria muitas horas de vida. No dia seguinte, às 23h40, informaram a família que ela havia falecido. Este, inclusive, é o horário que consta no primeiro atestado de óbito, tendo como causa da morte infecção urinária.

Após assinar toda a papelada para encaminhar os procedimentos para o velório, Jéssica Martins, amiga da família conta que um funcionário responsável pelo crematório onde seria a cerimônia de despedida da idosa, foi até a unidade para recolher o corpo durante a madrugada. Foi nesse momento que ocorreu a surpresa.

"Ela estava dentro daquele saco preto. Quando chegou, ele achou estranho porque o saco estava quente. Pelo horário que ela faleceu, já tinha que ter dado tempo para o corpo esfriar. Nisso, ele pegou o saco e a mão dela caiu, o que também não poderia ter acontecido, já que ele tinha que estar rígido, não poderia estar mole. Ai ele abriu o saco e viu que ela estava respirando bem fraquinho. Como ela não estava consciente, ela não conseguia pedir ajuda", explica.

No mesmo momento, Norma foi encaminhada novamente para um quarto, onde permaneceu até a madrugada de segunda-feira (27), quando faleceu. A causa da morte, segundo o novo atestado, foi choque séptico.

"Eu acho que isso não deveria ter sido feito com ninguém, com nenhum ser humano. Botar dentro de um saco a pessoa viva e eles não esperaram nenhum prazo para ver se realmente ela morreu. A gente não sabe porque ela ficou nessa situação. Não foi dada nenhuma justificativa. Depois, ainda jogaram ela num quarto", complementa.

O corpo de Norma foi cremado na segunda-feira. A família, agora, pretende entrar com um processo contra o hospital devido à situação. Em nota, a direção do Hospital Regional informou que a paciente estava em tratamento paliativo na unidade e que um processo de sindicância foi aberto para apurar a responsabilidade do fato.