Dois jovens, Davi Sales (24 anos), e Gabriel Cruz (23 anos), relatam terem sido vítimas de agressão física e verbal por seguranças da casa de shows Samba do Vila, localizada no bairro Varjota, em Fortaleza.
O incidente que ocorreu em 1º de julho deste ano, após os amigos participarem de um torneio de beach tennis. Eles alegam ter sido discriminados desde a chegada, quando foram proibidos de entrar com uma bolsa contendo equipamentos esportivos.
Após pagar o ingresso, a situação teria se agravado quando Gabriel, ao molhar a blusa, foi repreendido pelos seguranças. O conflito resultou na expulsão dos jovens, acompanhada de ofensas racistas. Davi e Gabriel registraram boletim de ocorrência após serem agredidos, com lesões que os impediram de trabalhar, gerando dificuldades financeiras.
A defesa dos jovens acusa o Samba do Vila de não colaborar com as investigações, recusando-se a fornecer imagens do circuito externo. O estabelecimento nega as acusações, alegando para O POVO que os clientes agrediram os seguranças e que colaboraram com as autoridades.
O caso, em trâmite desde julho, aguarda reagendamento da primeira audiência para 2024 devido a falhas na notificação com o estabelecimento.
A espera tem afligido os jovens. “Hoje eu não consigo passar pela rua [onde fica o Samba do Vila]. Toda vida que eu passo por lá eu lembro da cena e não consigo passar. Foi muito humilhante o que eles fizeram”, relata Davi.