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Camilo Santana foi monitorado ilegalmente pela Abin enquanto governador

Ele declarou que 'confia' na Polícia Federal para 'apurar responsabilidades'

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
26/01/2024 às 07h08
Camilo Santana foi monitorado ilegalmente pela Abin enquanto governador
Foto: Fabiane de Paula/SVM

O Ministro da Educação, Camilo Santana, expressou preocupação com os indícios que sugerem que uma organização criminosa dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria conduzido atividades de espionagem irregular de autoridades públicas e outras figuras durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele, que também foi alvo dessa monitoramento enquanto governador do Ceará, lamentou profundamente a situação.

De acordo com as investigações em curso, o monitoramento teria sido realizado utilizando drones, que teriam sobrevoado a residência oficial em 2021, quando ele ainda residia no bairro Meireles, em Fortaleza. Embora um processo administrativo tenha sido iniciado pela Abin na época, o caso acabou sendo arquivado posteriormente.

Em uma declaração emitida por sua assessoria de imprensa, o ministro afirmou que "confia no trabalho da Polícia Federal para investigar as responsabilidades, a fim de assegurar a integridade do papel desempenhado pela Abin no fortalecimento do Estado Democrático de Direito no Brasil".

Os criminosos ainda são investigados pelo uso indevido de programa secreto chamado FirstMile. O software seria usado para espionar a localização de pessoas pré-determinadas como políticos, jornalistas, advogados e adversários do então presidente Jair Bolsonaro, através dos aparelhos celulares.

A Operação Vigilância Aproximada foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (25) com o objetivo de investigar tais monitoramentos ilegais de autoridades públicas e outras pessoas, sem a devida autorização judicial.