A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em aumentou as restrições para a prescrição e venda do remédio Zolpidem, usado no tratamento para insônia. Com a decisão, o medicamento passará a conter a tarja preta em sua embalagem e o profissional que prescrevê-lo precisa estar cadastrado junto a autoridade de vigilância sanitária local. Segundo a Anvisa, a decisão foi tomada após o órgão verificar um aumento do uso irregular do medicamento.
O Zolpidem é um remédio hipnótico e serve para tratar a insônia e outras doenças do sono. Porém, o seu uso sem acompanhamento médico pode trazer problemas para quem toma. Não é incomum ver relatos nas redes sociais de pessoas que tomaram o remédio à noite, ficaram mexendo na internet antes de dormir e acabaram comprando algo inusitado. No dia seguinte elas acordam sem se lembrar do que aconteceu.
O remédio atua no Sistema Nervoso Central, ou seja no cérebro, e pode causar parassonias, que são alterações de comportamento durante o sono. Isso acontece porque a pessoa continua acordada mesmo após o hipnótico começar a fazer efeito.
De acordo com dados da Anvisa, em 2023 foram cerca de 17,7 milhões de caixas vendidas no país – aumento de 30% em apenas cinco anos. Segundo a bula do medicamento, o paciente não deve tomá-lo por mais de quatro semanas, sob risco de abuso da substância e dependência.