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Que sejamos livres do egoísmo e do individualismo, estando sempre abertos ao diálogo e ao próximo

Confira a coluna do padre Reginaldo Manzotti

14/06/2024 às 09h15
Por: Thiago Rodrigues
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Que sejamos livres do egoísmo e do individualismo, estando sempre abertos ao diálogo e ao próximo

Filhos e filhas,

Dia 13 de junho, a Igreja celebrou um dos santos mais populares do Brasil e do mundo, Santo Antônio. Eu, particularmente, tenho um carinho muito grande por este santo. Minha família tem uma grande devoção a Santo Antônio, é nosso grande protetor, meu pai era homônimo do santo e tenho um irmão com o mesmo nome.

Santo Antônio nasceu em Portugal e morreu na Itália, por isso é conhecido tanto como “de Lisboa”, como “de Pádua”. Em Coimbra foi ordenado sacerdote agostiniano, e já possuía o dom da palavra e força na pregação. Na mesma cidade viu os corpos de 5 franciscanos martirizados, no Marrocos, por anunciarem o Evangelho e se sentiu profundamente tocado, a ponto de pedir para ingressar na ordem.

Já franciscano, pediu para ser missionário no Marrocos, mas durante a viagem ficou muito doente e foi obrigado a voltar. Na viagem de volta, o barco onde estava foi atingido por uma forte tempestade que desviou a rota, e foi parar na Itália, em Pádua, onde até hoje estão depositadas as relíquias do Santo, a língua e a faringe com as cordas vocais.

Santo Antônio era um exímio pregador, ele falava com tanto carinho de Jesus que o Mesmo lhe aparece nos braços acariciando Antônio e dizendo: “Quem dera se todos falassem tão bem de mim quanto você, os corações me amariam mais”.

Devido a sua popularidade, Santo Antônio tem o seu lado folclórico, tanto que ele é conhecido como santo casamenteiro, isso porque Antônio era um homem preocupado com os dotes das moças, lembremos que naquela época, uma mulher sem dote não podia casar, o que não era apropriado, a mulher ou casava ou ingressava em um convento. Santo Antônio, então, zelava pela integridade da mulher e as ajudava quando precisavam.

Aliás, me permita fazer uma recomendação sobre esse assunto. No meu Istagram, no dia dos namorados, postei uma reflexão sobre o amor para todas as pessoas em diversos estados de vida, namorados, casados, solteiros e viúvos. Vale a pena amar? Vou deixar como curiosidade para você ler lá no Instagram. Voltemos para Santo Antônio...

Santo Antônio era também um homem preocupado com os necessitados. Podemos dizer que ele foi o homem da partilha, tanto que é tradição em muitos lugares, no dia de Santo Antônio, abençoar os pães que devem ser partilhados entre os familiares e amigos, pois esse grande Santo nos ensina que a vida deve ser uma partilha e aqueles que não sabem partilhar, não sabem viver.

Isso podemos aprender de Antônio com um fato curioso. Certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento. O frade padeiro ficou em apuros quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer. Surpreso, foi contar ao Santo o ocorrido. Este mandou que verificasse novamente o lugar em que os tinha deixado. O frade padeiro voltou maravilhado, os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades do convento e aos pobres.

Aprendamos, filhos e filhas, com esse grande Santo, o dom a partilha. Aprendamos com ele a viver a prece:

“Dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”.

Que sejamos livres do egoísmo e do individualismo, estando sempre abertos ao diálogo e ao próximo.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti
Sobre o blog/coluna
Padre Reginaldo Manzotti é sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor, apresentador de rádio e TV e presidente da Associação Evangelizar é Preciso.
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