13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um distúrbio neurobiológico com três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O número de casos de TDAH em todo o mundo varia entre 5% e 8%, conforme a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA).
As pessoas vivem com TDAH por toda a vida, mas sintomas como a inquietude tendem a se tornar mais sutis na fase adulta. Embora não haja uma causa definida para o transtorno, fatores genéticos, ou hereditários, são frequentemente encontrados. O 13 de julho tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o TDAH.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é caracterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade. Pessoas com TDAH parecem ter alterações na região do córtex cerebral pré-frontal e nas suas conexões com o restante do cérebro. Essa região é responsável pela inibição e controle de comportamentos considerados inadequados e pela capacidade que a pessoa tem de organizar, planejar, prestar atenção, memorizar e ter autocontrole.
Segundo Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO de uma empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT), o distúrbio aparece na primeira infância e está ligado a alterações no desenvolvimento, que podem levar a déficits nas vidas pessoal, social, acadêmica e profissional. Ele lista o que pode ser observado em crianças:
Aqueles sintomas que se apresentavam como hiperatividade na infância, na idade adulta podem se manifestar como sensações de inquietude, impaciência, fadiga e serem confundidos com sintomas de ansiedade.
Ainda que seja um transtorno com causas fisiológicas, o TDAH é uma condição subjetiva, que não requer exame laboratorial ou de imagem para o diagnóstico, o que pode retardar a sua descoberta. Portanto, é importante estar atento aos sintomas já que o diagnóstico é clínico.
O tratamento do transtorno envolve diversos profissionais, incluindo consultas com neurologistas ou psiquiatras, uso de medicamentos e intervenções comportamentais. Os medicamentos geralmente são psicoestimulantes e antidepressivos.
A existência de outras doenças associadas pode influenciar na prescrição. Alguns efeitos colaterais, como insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia costumam ocorrer. Geralmente, os efeitos positivos dos medicamentos surgem em questão de semanas.
A medicação é um dos métodos mais eficazes, mas, em função dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH, também é necessário o acompanhamento de psicólogos, terapeutas ocupacionais e demais especialidades inclusas em uma equipe multiprofissional.