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Santa Quitéria, CE
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Primeiro casamento homoafetivo da história de Santa Quitéria é realizado nesta sexta (19)

O casamento aconteceu na manhã desta sexta-feira (19), no cartório Paula Lobo.

19/07/2024 às 14h39 Atualizada em 19/07/2024 às 17h55
Por: Rita de Cássia
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Foto: Júlio Gaúcho/AVSQ
Foto: Júlio Gaúcho/AVSQ

O primeiro casamento homoafetivo de Santa Quitéria aconteceu na manhã desta sexta-feira (19), no cartório Paula Lobo. O casal Helio Magalhães e Ivanderson Rodrigues fez história ao assinar e receber a primeira certidão de casamento civil emitida no município a um casal homossexual.

Na ocasião, o noivo Ivanderson Rodrigues comentou sobre a importância desse acontecimento que ficará marcado na história da cidade. "Espero que a realização desse casamento seja uma porta que estamos abrindo para essa comunidade, que já é tão marginalizada e vive à margem da sociedade. Sentir o acolhimento das pessoas que nos amam e que estão abertas a nos receber é muito significativo”, expressa ele.

Hélio Magalhães destacou a importância desse momento para combater a homofobia. Para ele, esse momento representa uma vitória que abrirá portas para outros casamentos: "Esse momento mostra para a sociedade que podemos sim constituir uma família, que podemos sim ser um casal perante a sociedade e, através do matrimônio, oficializar e mostrar que estamos aqui e precisamos ser vistos. Sei que esse dia ficará para a história de Santa Quitéria como o primeiro casal, e espero que abra portas para outros casais também saírem do anonimato e oficializaram suas relações", relata.

No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou em 2013, uma resolução que obriga os cartórios de todo o Brasil a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento. A resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou a união estável homoafetiva, dando direitos ampliados aos homossexuais.

A escrevente substituta Alexsandra Lobo, ressalta a alegria dos funcionários do cartório em fazer parte dessa celebração. "Uma emoção tomou conta de todos nós, nossa preocupação era acolher todos muito bem, porque sabemos como eles sofrem com preconceito e como é difícil a vida deles ao enfrentar essa luta por terem os mesmos direitos de um casal heterossexual”, comenta Alexandra.

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