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Morte de feto após gestante ter febre oropouche é investigada pela Secretaria da Saúde do Ceará

Gestante de 40 anos estava com 34 semanas. Estado de saúde dela é estável. Confirmação da doença levará de dez a 15 dias

12/08/2024 às 14h06 Atualizada em 12/08/2024 às 14h34
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: O Povo
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Foto: Reprodução / Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC
Foto: Reprodução / Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) investiga um óbito fetal possivelmente causado por febre oropouche, na região do Maciço de Baturité, onde está concentrada a totalidade dos casos. Caso foi registrado em Capistrano, a 102,89 km de Fortaleza. A gestante de 40 anos estava com 34 semanas. O estado de saúde dela é estável.

Este é o primeiro caso de possível morte fetal causada pela doença em investigação no Estado. No último dia 2, o Ministério da Saúde confirmou um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical, quando é passado da mãe para o bebê, em Pernambuco.

"Estamos aguardando resultado que foi para fora (do Ceará) para ter a confirmação. Ela (a gestante) teve um quadro clínico sugestivo de oropouche, foi confirmada com a doença e teve o óbito fetal", detalha a secretária da Saúde do Estado, Tânia Mara Coelho.

A confirmação demora de dez a 15 dias, ainda conforme a titular da Sesa. A informação foi divulgada durante seminário realizado na Escola de Saúde Pública (ESP) sobre a febre oropouche voltado profissionais da saúde.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pela pasta, 122 casos de febre do oropouche foram registrados no Estado este ano. O primeiro caso da doença no Ceará foi registrado em junho último.

Ainda de acordo com a secretária, a expectativa é que, com a diminuição das chuvas, o número de casos da doença também entre em redução.

"Assim que os municípios têm um caso suspeito, eles mandam para cá, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará) confirma e toda a Vigilância se volta para o caso para que a gente possa estudar, entender como foi, saber se tem mais gente contaminada no local", explica.

Tânia Coelho reforça que, por ser um quadro típico de virose, muitas pessoas acabam nem procurando assistência médica. "Acho inclusive que a gente pode ter mais casos por conta disso."

O relatório mostra casos em seis municípios da região do Maciço do Baturité: Aratuba (32), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (3). Maioria dos casos é entre pessoas que moram ou frequentam a zona rural dessas cidades. Doença não é considerada endêmica no Ceará.

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