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'Golpe dos bichinhos': polícia acredita que milícia ou jogo do bicho está por trás de quadrilha que frauda máquinas de pelúcia

Investigação aponta que as máquinas eram fraudadas para que as 'garras' ficassem frouxas e não pegassem os bichinhos de pelúcia

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: G1
29/08/2024 às 08h44
'Golpe dos bichinhos': polícia acredita que milícia ou jogo do bicho está por trás de quadrilha que frauda máquinas de pelúcia
Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem elementos para acreditar que a quadrilha de fraudava máquinas de bichinhos de pelúcia tem relação com o jogo do bicho ou com a milícia. Uma operação para cumprir mandados foi feita nesta quarta (28), e três funcionários de empresas alvos foram levados para a delegacia para prestarem depoimento.

Na 2ª fase da Operação Mãos Leves, o delegado Pedro Brasil afirma que o material encontrado na ação dá indícios de envolvimento de organizações criminosas. Em um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, agentes encontraram máquinas estavam destinados a shoppings de Sulacap, Bangu, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Ilha do Governador.

A delegacia especializada descobriu que o grupo instala em cada equipamento um contador de jogadas que interfere na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar. Segundo as investigações, somente após um determinado número de créditos o grampo libera a potência necessária para a garra pegar um brinquedo.

Na maioria das tentativas, portanto, a pessoa vai perder dinheiro, porque a máquina não terá a força suficiente para capturar um bichinho — fora a dificuldade natural de acertar a jogada.

As investigações tiveram início após informações de que as empresas Black Entertainment e London Adventure utilizavam bonecos falsificados de personagens de marcas registradas em máquinas localizadas em diversos shoppings centers do Grande Rio.

Tal notícia permitiu o início da 1ª fase da Operação Mãos Leves, em maio, onde máquinas e grande quantidade de pelúcias foram apreendidas. No transcorrer do inquérito, após exames realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), ficou demonstrado que o sistema era adulterado.