Santa Quitéria tem dados desatualizados sobre pessoas com autismo e deficiência intelectual

Com o número de diagnósticos aumentando praticamente a cada semana, autoridades de saúde, a nível de Estado, não possuem dados reais que ofereçam um panorama detalhado das pessoas com deficiência em Santa Quitéria, tornando estas pessoas "invisíveis" e por sua vez, distantes dos investimentos e serviços essenciais para a melhoria de sua qualidade de vida.

De acordo com o IntegraSUS, plataforma que compila registros de saúde no Ceará, de dezembro de 2020 até aqui, há "apenas" 410 pessoas com deficiência registradas em Santa Quitéria, das quais 25 possuem diagnóstico de TEA e 52 com deficiência intelectual. No entanto, estimativas locais indicam que o número de pessoas com estas condições é significativamente maior, ultrapassando 300, que são atendidos na Casa Amiga da Criança ou em salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas municipais.

A defasagem nos dados levanta preocupações sobre a capacidade de identificar, com precisão, quem necessita de assistência e quais as suas limitações. A ausência de um quadro atualizado pode comprometer a resposta a eventuais demandas por serviços especializados. Durante a campanha eleitoral, foi prometida a criação de um espaço próprio e a ampliação do número de profissionais para atender o público atípico, que permanece à espera de ações concretas.

Para reverter esse cenário, torna-se urgente e necessário o envolvimento da Prefeitura Municipal, por meio das Secretarias de Educação e Saúde, que detêm informações mais precisas, para fazer esta atualização e mapear onde ainda não chegou, de forma a dar mais amparo e cuidado às mães atípicas, que tão somente desejam ver seus filhos com saúde, de quem possui condições para dar um atendimento adequado permanente.