O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou com pedidos de cassação contra dez prefeitos e seus respectivos vices eleitos no Ceará, alegando práticas ilegais durante o pleito de outubro de 2024. Entre as acusações estão abuso de poder econômico, compra de votos e outras irregularidades que, segundo o órgão, podem comprometer a legitimidade dos resultados eleitorais.
Entre eles, está o de Santa Quitéria, José Braga Barrozo, atualmente afastado do cargo e em prisão domiciliar por tempo indeterminado. Além disso, os casos envolvem os municípios de Moraújo, Coreaú, Aracati, Canindé, Choró, Ipu, Limoeiro do Norte, Quixeré e Barroquinha.
No município de Aracati, a prefeita eleita Roberta de Bismarck e sua vice, Ana Mello, enfrentam acusações de abuso de poder e captação ilícita de votos. O deputado estadual Guilherme Bismarck e o ex-prefeito, Bismarck Maia, também são apontados como participantes no esquema.
Em Choró, o prefeito eleito Bebeto Queiroz é investigado por possíveis irregularidades em contratos públicos e compra de votos. Ele está foragido. Já em Canindé, o prefeito eleito Professor Jardel e seu vice, Ilomar Vasconcelos, são acusados de utilizar recursos de uma organização criminosa para financiar carreatas e a compra de votos.
Nas cidades de Limoeiro do Norte e Quixeré, o MPE afirma que os eleitos usaram recursos públicos para coagir eleitores, oferecendo dinheiro e empregos em troca de apoio político. O esquema, de acordo com as investigações, envolvia pagamentos entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil, além de participação do pai de um dos prefeitos e cabos eleitorais.
A prefeita de Ipu, Milena Damasceno, e sua vice, Arlete, são acusadas de abuso de poder político e econômico. Em Barroquinha, o prefeito reeleito Jaime Veras e sua vice, Carmem Lúcia, são investigados por supostamente distribuir eletrodomésticos, como geladeiras e fritadeiras elétricas, em um esquema de compra de votos.