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Júnior Mano reassume mandato em meio a investigações sobre suposto esquema criminoso

O deputado federal é acusado de ter “papel central” em um esquema de manipulação eleitoral em dezenas de municípios cearenses

Por: Luiz Edielson Fonte: O POVO
21/01/2025 às 18h56
Júnior Mano reassume mandato em meio a investigações sobre suposto esquema criminoso
Foto: Reprodução

O deputado federal Júnior Mano (PSB) retornou nesta terça-feira, 21, ao seu mandato de deputado federal após estar licenciado desde setembro do ano passado. Ele comentou a volta nas suas redes sociais e parabenizou Tadeu Oliveira (PL), seu suplente.

"Após quatro meses de licença do meu mandato, retorno à Câmara dos Deputados com motivação para trabalhar muito. Quero parabenizar o Tadeu Oliveira, que desempenhou um excelente papel durante esse período. Agora, com o foco renovado, seguimos firmes, pois 2025 será um ano de muitos desafios e dedicação, sempre com o compromisso de melhorar a vida dos cearenses", afirmou.

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O retorno ao Congresso Nacional ocorre em meio a investigações da Polícia Federal (PF) que apontam Júnior Mano como tendo um "papel central" num esquema de manipulação eleitoral em 51 municípios do Ceará, por meio de compra de votos e desvio de recursos oriundos de emendas parlamentares.

O processo está em sigilo e o inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao foro privilegiado que o parlamentar possui. As investigações colocam também como alvo o prefeito de Choró, Bebeto Queiroz(PSB), que encontra-se foragido. De acordo com denúncias, ele e Júnior Mano atuavam conjuntamente na lavagem de dinheiro, vindo de emendas, nos 51 municípios.

Em uma entrevista à Rádio Poty, o deputado federal disse não ter recebido nenhuma notificação, mas apontou que "os atores protagonistas" são pessoas sem votos e, por isso, o perseguem. Ele também afirmou que confia na "justiça de Deus e na justiça dos homens".

"Tenho sido alvo de críticas, fui citado em um processo que corre em sigilo. Não tive nenhuma notificação, mas aqui a gente sabe quem são os atores protagonistas, que não têm voto, e quando essas pessoas não têm voto, vão para a parte sorrateira, de perseguição", disse o parlamentar durante a entrevista.