A exoneração de Anderson Lureno foi publicada no Diário Oficial do Estado, na última sexta-feira (31), após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar aberto pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Na decisão, foi destacado que as condutas praticadas pelo policial penal foram gravosas e incompatíveis com o exercício da função que ele desempenhava.

Continua após a publicidade

"Porquanto, diante da infração funcional de patente natureza desonrosa levada a efeito pelo acusado PP Anderson Laureno Clementino, qualquer sanção diversa da demissória não atingiria o fim que orienta a própria razão de ser da atividade correcional disciplinar", diz um trecho do documento.

O crime que levou a morte do policial militar William dos Santos ocorreu em março de 2023, em um bar no Bairro Jereissati I, em Maracanaú. À época, testemunhas relataram a polícia que confusão foi motivada por conta de um esbarrão entre Anderson e William na saída do estabelecimento, o que fez uma cerveja ser derrubada.

Após o esbarrão, o policial penal deu um soco no policial militar, que revidou. Durante a briga, o PM conseguiu derrubar o policial penal com outro soco. Ao levantar, Anderson sacou a arma e atirou, atingindo o militar e um amigo dele que estava tentando separar a briga. Ainda conforme testemunhas, após atirar Anderson chegou a dizer que aquilo ela para o PM "aprender a não bater em cara de homem”.

O policial militar morreu no local, já o amigo dele foi socorrido. Em seguida, Anderson fugiu de carro, mas foi localizado e preso horas depois.