Um trecho da cidade de Sydney, na Austrália, chama atenção pela discrepância em relação ao entorno. É uma grande área verde com uma casa tradicional no início, cercada por diversas construções cinzas que atendem a um mesmo padrão. O terreno pertence à família Zammit, que, segundo o jornal argentino La Nación, já chegou a recusar US$ 50 milhões (R$ 285 milhões, em média) pela propriedade localizada em The Ponds, antigo centro rural da cidade.
A região é cobiçada primeiramente pela sua amplitude. São dois hectares de terreno, aproximadamente. Além disso, possui 200 metros de entrada para carros e uma vista para um dos patrimônios naturais da humanidade, segundo a Unesco: as Blue Mountains. Mais ou menos 750 metros de cerca foram colocadas em volta do terreno para barrar as crescentes obras em volta dele.
A ambição das construtoras em conseguir comprar o espaço está no seu potencial: cerca de 50 casas no padrão das restantes naquele espaço poderiam ser construídas ali. Construtoras também querem criar complexos residenciais e comerciais no local.
A família Zammit diz ter um apego emocional à casa que não possui um valor em dinheiro capaz de comprar. Para eles, a valorização do imóvel é puramente sentimental. Já chegaram a afirmar em entrevistas que a construção não é apenas uma casa, mas sim a história e as raízes da família, além de contar também o passado de The Pounds. Esses são motivos para os altos valores já oferecidos não terem sido aceitos.
Até hoje, a família segue resistindo ao mercado imobiliário e morando na casa que, com certeza, vale muito, seja financeiramente ou emocionalmente.