O governo da China condenou os ataques realizados pelos Estados Unidos (EUA) contra instalações nucleares no Irã, classificados como uma “grave violação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional”. O país ainda apelou para que as partes envolvidas no conflito, “em especial Israel”, cessem o fogo “o quanto antes”.
As declarações foram feitas neste domingo por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em resposta a uma pergunta sobre a ofensiva americana contra os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan. Pequim destacou que as instalações atingidas estão sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e criticou a ação por “intensificar a tensão no Oriente Médio”.
Por meio do porta-voz, o governo chinês ainda pediu que os envolvidos garantam a segurança dos civis e “iniciem negociações e diálogo”. A China também reiterou sua disposição de atuar ao lado da comunidade internacional para “reunir esforços, promover a justiça e contribuir para a restauração da paz e da estabilidade na região”.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou neste sábado, 21, na rede social X que está “profundamente alarmado” com o uso da força pelos Estados Unidos (EUA) contra o Irã. “Trata-se de uma escalada perigosa em uma região já em crise – e uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”, escreveu.
O Irã, oficialmente, admitiu que Fordow foi atacado por “bombardeios aéreos inimigos”, informa a Globonews. A informação chegou menos de uma hora depois do presidente dos EUA, Donald Trump, comemorar o ataque que ele julgou “bem-sucedido”.
Em letras garrafais, o presidente americano disse pela rede Truth Social, que “este é um momento histórico para os Estados Unidos da América, Israel e o mundo”. Segundo ele, “o Irã deve agora concordar e acabar com esta guerra”.