Após a morte do Papa Francisco, a Igreja inicia o processo de sucessão no Vaticano, com os cardeais devendo ser votados, para definir o próximo Pontífice. A sucessão será definida por um processo tradicional e rigoroso da Igreja Católica conhecido como Conclave. Após o anúncio oficial da morte do pontífice, inicia-se o período chamado “Sé Vacante”, durante o qual o Vaticano entra em modo de transição e o Cardeal Camerlengo assume funções administrativas temporárias, organizando os preparativos para a eleição do novo Papa.

O Conclave é uma reunião secreta do Colégio dos Cardeais, composta apenas por cardeais com menos de 80 anos, que se isolam na Capela Sistina para votar no sucessor de Francisco. São realizadas até quatro votações diárias e, para que um candidato seja eleito, é necessário obter pelo menos dois terços dos votos. O processo pode durar entre 15 e 20 dias, até que haja consenso.

Durante as votações, a fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina sinaliza o andamento do processo: fumaça preta indica que ainda não houve eleição, enquanto fumaça branca anuncia a escolha do novo pontífice.

Saiba quem são os principais cardeais cotados para suceder o Papa Francisco

Quanto aos possíveis sucessores, não existe um nome previamente definido, e a escolha pode recair sobre qualquer cardeal elegível. Entre os favoritos apontados por analistas e especialistas do Vaticano estão:

Matteo Zuppi (Itália): Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, é visto como um candidato forte devido à sua proximidade com Francisco e seu papel em questões de paz.

Luis Antonio Tagle (Filipinas): Arcebispo de Manila, popular e considerado um potencial continuador das reformas do pontificado de Francisco. Poderia ser o primeiro papa asiático, o que representaria uma mudança histórica.

Peter Turkson (Gana): Com longa trajetória na Cúria Romana e conhecido por suas posições sobre justiça social, sua eleição marcaria a primeira vez que um papa negro assumiria o cargo.

Marc Ouellet (Canadá): Experiente na Congregação para os Bispos, é visto como um candidato moderado.

Jean Claude Hollerich (Luxemburgo), Jean Marc Aveline (França), José Tolentino de Mendonça (Portugal), Juan José Omella (Espanha) e Mario Grech (Malta): Outros nomes que também aparecem entre os possíveis papáveis, cada um com diferentes perfis e influências dentro da Igreja.

Além desses, cardeais brasileiros como Odilo Scherer e João Braz de Aviz também são mencionados como potenciais candidatos.

Após a eleição, o novo pontífice será anunciado pelo cardeal protodiácono na tradicional proclamação “Habemus Papam!” na Praça de São Pedro, seguido da primeira bênção Urbi et Orbi, marcando o início de seu pontificado.