Insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC) foram as causas da morte do papa Francisco, nesta segunda-feira (21). Segundo a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).
O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma. O atestado foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano
Médicos ouvidos pelo g1 explicaram que a insuficiência cardíaca pode estar relacionada às condições clínicas prévias de Francisco, inclusive aos problemas pulmonares que ele já apresentava. Já o aumento do risco de AVC, especificamente, não está associado uso de ventilação mecânica e a pneumonia bilateral, que gerou a interação do papa.
A idade avançada pode ter contribuído para vasos sanguíneos cerebrais mais finos, assim como as paredes das artérias. Além disso, a idade pode ter favorecido o acúmulo de proteína amilóide nas artérias cerebrais, uma das causas do AVC.
O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento dentro ou ao redor do cérebro e paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
A insuficiência cardíaca é uma condição na qual o músculo do coração fica enfraquecido e não consegue bombear a quantidade de sangue que o corpo necessita. Ela pode ocorrer em qualquer momento da vida, em qualquer idade e atinge 2% da população até 70 anos.