O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave para a escolha do novo papa terá início em 7 de maio. A decisão foi tomada durante uma reunião a portas fechadas dos cardeais, realizada após o encerramento do período oficial de luto de nove dias, pela morte do Papa Francisco, sepultado no último sábado (26).

O conclave reunirá 135 cardeais com menos de 80 anos, vindos de diversas partes do mundo, que terão a responsabilidade de eleger o 267º pontífice da Igreja Católica, que atualmente conta com cerca de 1,4 bilhão de fiéis. Entre os eleitores, sete são brasileiros, incluindo Sérgio da Rocha, Odilo Scherer e Orani Tempesta.

A Capela Sistina, tradicional palco das votações, foi fechada para visitação pública nesta segunda-feira, para que sejam realizados os preparativos necessários, como a instalação da chaminé onde será queimada a cédula de votação, sinalizando com fumaça preta ou branca o andamento do processo. Durante o conclave, os cardeais permanecem isolados no Vaticano e fazem um juramento de absoluto sigilo sobre as discussões e votações.

Vaticano define que conclave para escolher novo papa vai iniciar em 7 de maio

Para que um novo papa seja eleito, é necessário que um candidato alcance dois terços dos votos dos cardeais presentes – o que, com 133 eleitores, equivaleria a pelo menos 89 votos. O processo prevê até quatro votações diárias e pode se estender por vários dias, embora os dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, tenham sido concluídos em apenas dois dias.

Ainda não há previsão de quanto tempo o conclave deste ano irá durar, já que o ritmo das votações depende do consenso entre os cardeais. Em caso de impasse após 34 votações, os dois mais votados passam a disputar uma espécie de segundo turno, mas ainda assim será necessário atingir a maioria qualificada.

A expectativa é de que o novo papa seja anunciado ao mundo da sacada da Basílica de São Pedro, repetindo a tradição secular da Igreja Católica.