Bolsa Família passará por mudanças na chamada Regra de Proteção a partir de junho. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) publicou nesta quinta-feira (15) portaria anunciando "alterações nas regras de transição para famílias beneficiárias que passam a ter renda acima do limite de entrada". Atualizações também mexem com tempo de permanência no programa.
Mudanças foram divulgadas hoje, mas só entram em vigor no mês de junho, com efeito prático a partir da folha de pagamentos de julho. Segundo o governo, a nova Regra de Proteção "amplia o foco nas famílias em situação de maior vulnerabilidade e promove ajustes para manter a sustentabilidade e a efetividade do programa".
Ainda de acordo com o MDS, "alterações se aplicam exclusivamente às famílias que ingressarem na Regra de Proteção a partir do mês de junho".
A nova Regra de Proteção estabelece as seguintes alterações, segundo o MDS:
"A fixação do novo limite de renda está alinhada à linha de pobreza internacional, estabelecida a partir de estudos sobre a distribuição de renda em diversos países do mundo", diz o ministério.
A pasta cita um exemplo: famílias que ultrapassarem limite de renda para entrada no programa, de R$ 218 até R$ 706 por pessoa, poderão seguir no Bolsa Família por mais 12 meses, em vez de 24, recebendo 50% do valor do benefício.
Famílias com renda estável ou permanente (aposentadoria, pensão ou BPC) poderão receber benefício por até dois meses. "Nesses casos, já há uma proteção social contínua assegurada pelo Estado, o que contribui para maior previsibilidade ao orçamento familiar", explica o MDS.
O ministério destaca que para famílias com pessoas com deficiência (PCD) que recebem BPC, tempo máximo de permanência na Regra de Proteção será de 12 meses. "A atenção diferenciada considera que o benefício, em seu regramento, passa por revisões periódicas em se tratando de pessoas com deficiência", explica.