A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) a Operação Inocência Protegida XI, com o objetivo de combater o compartilhamento de conteúdo sexual infantil na internet. A ação ocorreu no município de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e contou com o cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal.
As investigações indicam que, em apenas um mês, aproximadamente mil arquivos distintos com conteúdo ilícito foram compartilhados pela internet por meio de uma conexão local. O volume e a frequência de disseminação apontam para uso sistemático da rede para prática criminosa.
No entanto, os dados técnicos obtidos até o momento não identificavam diretamente o responsável pelo uso dos equipamentos, o que motivou a ação desta quarta-feira. O mandado teve como finalidade coletar novas provas, identificar eventuais vítimas e individualizar a autoria do crime.
O investigado responderá, em tese, pelos crimes previstos nos Artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tratam do compartilhamento e armazenamento de material pornográfico infantojuvenil. As penas podem ultrapassar 10 anos de reclusão, além de outras sanções que poderão ser aplicadas conforme o avanço das investigações.
A Inocência Protegida XI é a décima primeira fase de uma estratégia permanente da Polícia Federal no Ceará para combater crimes sexuais contra crianças e adolescentes na internet. A primeira operação da série foi deflagrada há menos de um ano.
A corporação reforça que o combate a esse tipo de crime exige vigilância constante e uso intensivo de tecnologia e inteligência cibernética, uma vez que os autores geralmente atuam de forma anônima e com recursos sofisticados de ocultação.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos e mídias digitais que agora passam por perícia. A análise técnica do conteúdo será essencial para confirmar a autoria, identificar possíveis vítimas e apurar outras possíveis práticas criminosas.
A Polícia Federal não divulgou o nome do investigado e informou que as investigações seguem em sigilo para preservar a integridade da apuração e proteger possíveis vítimas.