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Homem que ameaçou Izolda na eleição de Sobral é condenado a mais de oito anos de prisão

Condenado foi acusado de integrar grupo de facção criminosa que coordenou ameaças e ataques contra atos de campanha da ex-governadora

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: O POVO
26/05/2025 às 18h02 Atualizada em 26/05/2025 às 18h26
Homem que ameaçou Izolda na eleição de Sobral é condenado a mais de oito anos de prisão
Foto: Divulgação

Acusado de participar de grupo que coordenou ameaças e ataques contra atos da campanha de Izolda Cela (PSB) à Prefeitura de Sobral em 2024, um homem identificado como Kevin Henrique Lopes Cavalcante foi condenado neste mês a oito anos, seis meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de organização criminosa armada e coação eleitoral.

Caso diz respeito a investigação da Polícia Civil que ocorria desde setembro do ano passado, quando dois homens foram presos por ameaças contra a ex-governadora nas redes sociais. Na época, o delegado do caso confirmou a existência de um grupo de WhatsApp, ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), que coordenava ataques contra atos da campanha da então candidata.

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“Com efeito, os dados extraídos do celular do acusado demonstram que ele participava de grupos de Whatsapp da facção criminosa, promovia símbolos de apologia ao grupo criminoso e ostentava armas em fotografias, além de possuir clara ligação com pessoas notadamente envolvidas no coletivo criminoso”, diz o juiz.

No caso que motivou a condenação, adolescentes com relação à facção criminosa teriam sido ordenados a disparar rojões em pessoas ligadas à organização da campanha de Izolda. Segundo a sentença, também foi encontrada no celular do acusado uma imagem com as palavras “na próxima é bala na Izolda”.

Na denúncia o Ministério Público relacionou o caso a outras ameaças que teriam ocorrido durante a eleição municipal em Sobral, com ameaças e extorsões contra candidatos "a vereador, cabos eleitorais, apoiadores e até mesmo eleitores" em Sobral. Durante a eleição, foram expedidos diversos mandados de prisão contra suspeitos de integrarem o grupo.

“A prova é coerente e harmônica desde a fase policial, o que permite ter a certeza necessária para a condenação (...) com efeito, os dados extraídos do celular do acusado demonstram que ele participava do núcleo criminoso que coagia eleitores a não votar na candidata Izolda Cela”, diz a sentença, que determina que o início do cumprimento da pena ocorra já em regime fechado, além do pagamento de 29 dias-multa.