A Polícia Civil investiga um possível caso de estelionato sentimental que envolve um prejuízo de mais de R$ 250 mil. A denúncia foi feita pelo fotógrafo de moda Alexandre Alves dos Santos, morador de São Paulo, que acusa Emile, com quem mantinha um relacionamento virtual, de aplicar o golpe.
De acordo com a denúncia, os dois se conheceram no dia em que Alexandre foi contratado para fotografar os produtos da loja onde Emile trabalhava como vendedora. A partir desse encontro, começaram as conversas e, pouco tempo depois, surgiram os primeiros pedidos de ajuda financeira.
O caso chamou atenção não apenas pelo valor envolvido, mas também porque, segundo o fotógrafo, após o fim da relação, a suspeita teria se mudado para Fortaleza, onde vive parte da sua família.
Segundo o relato, os pedidos começaram com valores para pagar aluguéis atrasados, seguidos de relatos sobre problemas de saúde, como doença renal, além de custos com medicamentos, plano de saúde e despesas pessoais, sempre com a promessa de que construiriam um futuro juntos.
Ao todo, Alexandre afirma ter feito transferências via Pix que somam cerca de R$ 250 mil. O rompimento aconteceu após um novo pedido de R$ 45 mil, que ele recusou. Logo depois, Emile cortou totalmente o contato, deixando como última mensagem: “Adeus. Obrigada por tudo”.
O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo, que apura o crime como estelionato. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) confirmou que a suspeita tem parentes em Fortaleza, mas não informou se ela já foi ouvida no inquérito.
Especialistas explicam que o “estelionato sentimental” não é tipificado como crime específico no Código Penal, mas os casos são enquadrados como estelionato comum, com pena que pode variar de 1 a 5 anos de prisão, além de multa.
De um lado, a defesa de Emile alega que os dois mantiveram um relacionamento amoroso de mais de um ano, marcado por dificuldades financeiras e problemas de saúde. Do outro, Alexandre nega que tenha havido um relacionamento formal, afirmando que o contato presencial ocorreu apenas em duas ocasiões.
“Mais do que o dinheiro, o que dói é ter sido enganado. Agora, espero que a Justiça faça seu papel”, desabafa Alexandre.