No domingo, 15 de junho de 2025, um episódio de violência chocou a comunidade escolar de Vicente Pires, no Distrito Federal, durante uma tradicional festa junina realizada em um colégio particular da região. O caso ganhou grande repercussão após a divulgação de um vídeo que mostra um homem de 41 anos agredindo uma criança de apenas quatro anos no palco do evento, em meio a apresentações típicas das festividades juninas.
Segundo relatos e registros em vídeo, o incidente ocorreu enquanto um grupo de alunos, com idades entre três e quatro anos, se apresentava no palco. Em determinado momento, um menino teria enfiado o dedo no olho de outra criança. Diante da cena, o pai de um dos meninos, identificado como Douglas Parisio, invadiu o palco, derrubou o garoto no chão e o segurou pelo pescoço. A criança agredida ficou visivelmente assustada e começou a chorar, o que levou outros adultos presentes, incluindo o pai do menino agredido, a intervir. Uma briga generalizada se instaurou, exigindo a intervenção da Polícia Militar, que conduziu os envolvidos à delegacia para registro da ocorrência.
O episódio do homem que agride uma criança em uma festa junina rapidamente viralizou nas redes sociais, alimentado pelas imagens captadas por testemunhas. A comunidade escolar, pais e responsáveis manifestaram indignação diante da violência presenciada em um ambiente que deveria ser de celebração, alegria e convivência saudável entre as famílias.
A direção do Colégio Liceu, onde o caso ocorreu, emitiu uma nota de repúdio, classificando o ato como inaceitável, inadmissível e absolutamente contrário aos valores defendidos pela instituição. A escola informou que tomou providências imediatas, acionando a Polícia Militar e determinando a desvinculação da família do agressor do quadro de alunos, como medida clara de não compactuar com qualquer forma de violência. Além disso, a escola anunciou a contratação de segurança adicional para reforçar a proteção dos alunos, especialmente no bloco da Educação Infantil.
Na delegacia, Douglas Parisio alegou que perdeu o controle ao presenciar o filho sendo, segundo ele, alvo de provocações e agressões recorrentes por parte da criança agredida. Em depoimento, afirmou não se lembrar de ter invadido o palco e partido para cima do menino, relatando que o filho já vinha reclamando de situações semelhantes há meses. A defesa do agressor reforçou que a reação foi motivada por um contexto de suposto bullying sofrido pelo filho e criticou a suposta omissão da escola diante das reclamações anteriores. Apesar de admitir o erro e demonstrar arrependimento, Parisio foi liberado após assinar um termo circunstanciado de ocorrência, mas segue sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal.
O caso do homem que agride uma criança em uma festa junina gerou forte comoção e debate sobre os limites da atuação de pais diante de conflitos entre crianças, especialmente em ambientes escolares. Especialistas e entidades ligadas à educação ressaltaram a necessidade de protocolos claros para lidar com situações de bullying e agressões físicas, bem como a importância de preparar as equipes escolares para mediar conflitos de forma adequada, evitando que adultos recorram à violência.
A escola, por sua vez, destacou que está adotando novas medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos, reforçando o compromisso com um ambiente acolhedor e livre de qualquer tipo de agressão.