O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, afirmou nesta terça-feira (24) que a ideia do órgão é começar a pagar valores que foram descontados indevidamente de aposentadorias e pensões a partir de 24 de julho. Waller deu a declaração durante audiência de conciliação convocada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, com representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União, além de integrantes do INSS.
Conforme o presidente do INSS, os pagamentos começariam em 24 de julho, em lotes a cada 15 dias. No primeiro lote, cerca de 1,5 milhão de beneficiários receberiam os valores. O segundo pagamento seria em 9 de agosto; e o terceiro em 24 de agosto.
Na audiência, Gilberto Waller que a intenção do governo é realizar o ressarcimento de valores de forma integral "o mais rápido possível" e relembrou as medidas já adotadas pelo governo, como a abertura de investigação contra 16 entidades associativas.
De acordo com o presidente do INSS, 27 milhões de aposentados não tiveram desconto algum. Ele declarou também que, até o momento, 3.462.366 aposentados e pensionistas informaram não reconhecer descontos e pediram a devolução de valores.
Ele disse também que o governo quer dar tratamento diferenciado, com prioridade de atendimento, a pessoas mais vulneráveis a golpes, como idosos acima de 80 anos, indígenas e quilombolas. Também informou que o pagamento será feito direto na conta do beneficiário, sem burocracias e intermediários.
A Advocacia-Geral da União (AGU) disse que a ideia é de que os valores serão corrigidos pela inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-E).