Cearenses que desejam obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dirigir motos e carros (categorias A e B) precisam desembolsar, em média, R$ 3.020,97. O dado faz parte de um ranking divulgado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), que aponta o Ceará como o 14º estado com o custo mais alto para tirar a CNH.
No topo do ranking está o Rio Grande do Sul, onde o valor médio chega a R$ 4.951,35. Na sequência, aparece Mato Grosso do Sul, com custo médio de R$ 4.477,95. Já a Paraíba registra o menor preço do país, cerca de R$ 1.950,40.
De acordo com a pesquisa Perfil do Condutor Brasileiro, realizada pelo Instituto Nexus, cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação, enquanto 32% dos entrevistados afirmam não ter carteira por causa do alto custo. Além disso, 80% consideram o preço da CNH caro ou muito caro, e 66% dizem que o valor cobrado não corresponde à qualidade do serviço oferecido.
Entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 81% ainda não possuem habilitação. A taxa de não habilitados é maior nas regiões Nordeste (71%) e Norte (64%).
Ranking dos estados com o custo médio para tirar CNH (categorias A e B):
Rio Grande do Sul: R$ 4.951,35
Mato Grosso do Sul: R$ 4.477,95
Bahia: R$ 4.120,75
Minas Gerais: R$ 3.968,15
Santa Catarina: R$ 3.906,90
Acre: R$ 3.906,60
Roraima: R$ 3.828,40
Amapá: R$ 3.780,47
Paraná: R$ 3.670,83
Amazonas: R$ 3.418,95
Pernambuco: R$ 3.416,44
Sergipe: R$ 3.049,97
Ceará: R$ 3.020,97
Distrito Federal: R$ 3.005,67
Tocantins: R$ 2.985,33
Mato Grosso: R$ 2.964,04
Maranhão: R$ 2.858,01
Rio Grande do Norte: R$ 2.806,00
Pará: R$ 2.802,45
Goiás: R$ 2.600,39
Rio de Janeiro: R$ 2.567,82
Piauí: R$ 2.401,00
Rondônia: R$ 2.355,22
Espírito Santo: R$ 2.338,76
Alagoas: R$ 2.069,14
São Paulo: R$ 1.983,90
Paraíba: R$ 1.950,40
O Ministério dos Transportes prepara um projeto para acabar com a obrigatoriedade das aulas em autoescolas, visando democratizar o acesso à CNH e facilitar a qualificação para o mercado de trabalho, especialmente para quem busca o primeiro emprego.
A proposta prevê a redução do custo para as categorias A e B em até 80%. As autoescolas poderão continuar oferecendo aulas, porém não serão mais obrigatórias. A exigência de aprovação nas provas teórica e prática dos Detrans será mantida.
O ministro Renan Filho afirmou que, apesar das mudanças, a qualidade da formação dos condutores continuará sendo prioridade.