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Idosa com câncer é derrubada de maca na chegada a hospital, em Fortaleza

Hospital destaca que transferência da paciente para maca foi feita por terceiros e não por funcionários da unidade de saúde.

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: G1 Ceará
01/09/2025 às 09h00
Idosa com câncer é derrubada de maca na chegada a hospital, em Fortaleza
Foto: Reprodução

Uma idosa de 75 anos que enfrenta um câncer foi derrubada da maca ao chegar ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF) no dia 12 de agosto. A paciente foi levada ao hospital após fraturar o fêmur e a família afirma que ela quebrou a clavícula na queda. Familiares reclamam que a paciente está internada aguardando uma cirurgia há dias e temem pela saúde dela.

Maria de Nazaré foi diagnosticada com mieloma múltiplo, um câncer que, entre outros efeitos, fragiliza os ossos. Ela é moradora de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, e no dia 12 de agosto fraturou o fêmur.

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A família conseguiu uma ambulância municipal para levar a idosa a Fortaleza, em busca de um atendimento especializado. Quando chegaram ao HGF, já de noite, foram informados que não havia maqueiros - profissionais especializados no transporte de pacientes - para retirar Maria de Nazaré do carro.

Segundo a família, diante da situação pessoas que estavam próximo e até o motorista da ambulância se ofereceram para ajudar a pôr a idosa na maca. Foi durante essa tentativa que ela acabou sendo derrubada e caiu no chão.

Um vídeo feito por uma testemunhas registrou o momento após a queda, quando os voluntários reergueram a paciente do chão e se esforçaram para colocá-la novamente na maca.

Quando ela entrou no hospital, foi atendida e descobriram que, além da fratura no fêmur, ela também havia fraturado a clavícula. A família acredita que esta última fratura ocorreu por causa da queda da maca.

Após o atendimento inicial, a paciente oncológica recebeu alta, mas voltou ao hospital para a realização de uma cirurgia. A família denuncia que, no retorno, ela passou oito dias no corredor aguardando uma vaga na enfermaria, onde iria ficar enquanto aguarda o procedimento cirúrgico, que ainda não ocorreu.

"O hospital diz que não tem material [para cirurgia], dá uma previsão lá pro próximo mês, e a família está preocupada e aflita com essa situação porque quanto mais tempo ela passa lá, mais vai agravando a situação dela", disse William Meneses, neto de Maria de Nazaré.

Em nota enviada à TV Verdes Mares na sexta-feira (29), o HGF destacou que a paciente foi levada ao hospital "por meios próprios e conduzida por profissionais que não compõem o corpo da unidade".

A unidade de saúde também afirmou que, por causa da complexidade do caso, foi necessário comprar uma endoprótese de quadril bipolar para a paciente. Devido à urgência, o item foi comprado por meio de dispensa de licitação.

"O HGF ressalta que a endoprótese de quadril bipolar necessária ao procedimento cirúrgico já foi adquirida. No entanto, a realização da cirurgia depende da estabilidade clínica da paciente, de modo a garantir sua segurança e o melhor potencial de êxito do procedimento. A unidade reforça que a paciente vem sendo acompanhada diariamente por equipe multiprofissional", afirmou o hospital.