Acendeu a luz amarela no Brasil, após o alerta global da Organização Mundial da Saúde (OMS), para o aumento acelerado dos casos de chikungunya em 2025, com risco de uma nova epidemia. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, em 2025, até 29 de agosto (semana epidemiológica 35), foram notificados 119.923 casos prováveis, com 110 óbitos confirmados e 70 em investigação.
Apesar de representar redução de cerca de 55% em comparação ao mesmo período de 2024, o volume ainda é expressivo e mantém o alerta para circulação intensa do vírus. O coeficiente de incidência no período foi de 56,4 casos por 100 mil habitantes. Segundo os especialistas, os dados permanecem preocupantes, O receio é que os números se aproximem daqueles observados em 2024, quando se confirmaram 267.352 e 161 mortos — incidência de 125,1 casos por 100 mil habitantes.
Alerta
No Brasil, pelos dados do Ministério da Saúde, a maior concentração de casos em 2025 está no Centro-Oeste, com mais de 64 mil casos, do total de 119.923. Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os mais alarmantes, o que levou ao reforço de ações de combate ao mosquito transmissor da doença.
Com a resistência do Aedes aegypti a inseticidas, as medidas de controle continuam centradas na eliminação de criadouros, manutenção de caixas d'água tampadas e descarte correto de materiais que acumulam água, como pneus e garrafas. A OMS orienta ainda proteção individual, com roupas compridas, repelentes e mosquiteiros, principalmente no início da manhã e no final da tarde, quando o mosquito é mais ativo.