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Pressão 12 por 8 deixa de ser normal e passa a ser alerta de pré-hipertensão, dizem especialistas

O documento foi elaborado em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)

Rita de Cássia
Por: Rita de Cássia Fonte: Ceará Agora
19/09/2025 às 11h35
Pressão 12 por 8 deixa de ser normal e passa a ser alerta de pré-hipertensão, dizem especialistas
Foto: Reprodução

A forma como o Brasil enxerga a pressão arterial de risco mudou. Uma nova diretriz, divulgada nesta quinta-feira (18) durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, passa a considerar como pré-hipertensão os valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica).

O documento foi elaborado em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A reclassificação muda a forma como médicos e pacientes devem encarar a chamada “pressão limítrofe”.

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CONTROLE

Antes, números como 12 por 8 eram vistos como dentro da normalidade. Agora, passam a exigir maior atenção médica e cuidados preventivos. O objetivo é agir antes que a hipertensão esteja plenamente instalada, reduzindo riscos de doenças cardiovasculares, renais e cerebrais.

Na prática, isso significa que médicos devem recomendar mudanças no estilo de vida — como controle do peso, redução de sal, prática de atividade física e menos consumo de álcool. Em casos específicos, conforme o perfil do paciente, poderá ser indicado o uso de medicamentos ainda nessa fase inicial.

TENDÊNCIA MUNDIAL

A decisão segue uma tendência internacional. No Congresso Europeu de Cardiologia, realizado em 2024, especialistas já haviam reclassificado a pressão de 12 por 8 como “pressão arterial elevada”, sinalizando alerta para prevenção.

Outra mudança significativa no Brasil está na meta de tratamento. Até então, aceitava-se como satisfatório manter a pressão em até 14 por 9 (140/90 mmHg). Agora, a diretriz foi endurecida: o novo alvo é manter todos os hipertensos abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg), independentemente da idade, sexo ou presença de outras doenças.

A atualização reforça que a hipertensão é uma das principais causas de morte no país e que o acompanhamento rigoroso é essencial para preservar a saúde da população.