22°C 37°C
Santa Quitéria, CE
Publicidade

Mulher e comparsa são condenados por matar irmãs e jogá-las em rio devido a disputa de facções

Corpos das irmãs de 27 e 15 anos foram encontrados no Rio Maranguapinho, em Fortaleza, em agosto de 2024.

Rita de Cássia
Por: Rita de Cássia Fonte: G1 Ceará
27/09/2025 às 09h28
Mulher e comparsa são condenados por matar irmãs e jogá-las em rio devido a disputa de facções
Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

A 3ª Vara do Júri de Fortaleza condenou na última quarta-feira (24) um homem e uma mulher membros de uma facção criminosa pelo assassinato de duas irmãs que tiveram os corpos encontrados boiando no Rio Maranguapinho, no bairro Autran Nunes, capital cearense. O crime aconteceu em agosto de 2024.

Ismael Oliveira Martins de Sousa, conhecido como “Lorim”, foi condenado a 44 anos, 5 meses e 15 dias de prisão. Ele participou da execução das irmãs a mando de Karla Karoline Santos de Andrade, conhecida como “Karol ou Mexicana”, condenada a 5 anos e 4 meses de prisão. Os dois foram considerados culpados por homicídio qualificado, corrupção de menores, cárcere privado e organização criminosa.

Continua após a publicidade
Anúncio

Conforme a denúncia, Karol é uma das chefes da facção na região e ordenou o assassinato de Fabíola dos Santos da Costa, de 27 anos, e da irmã dela, uma adolescente de 15 anos, por conta de uma disputa entre os grupos criminosos.

Os levantamentos iniciais da polícia apontaram que a motivação do duplo homicídio seria a rivalidade entre grupos criminosos na região do bairro Autran Nunes. O g1 apurou que Fabíola e a irmã de 15 anos teriam se mudado para o bairro recentemente, mesmo a contragosto dos parentes, que moram em outra região da capital cearense.

Segundo as investigações, após a mudança s irmãs foram abordadas na madrugada do dia 16 de agosto por membros do grupo de Karol, entre eles o "Lorim". Depois, elas foram conduzidas à margem do Rio Maranguapinho, onde tiveram seus aparelhos celulares analisados por Karol.

Após isso, elas passaram pelo “julgamento do tribunal do crime" e tiveram a morte decretada por Karla. As duas foram mortas com disparos de arma de fogo e, na sequência, os corpos foram jogados no rio Maranguapinho.

Em depoimento à polícia, um homem preso inicialmente por suspeita de participação no crime negou envolvimento no duplo homicídio, mas disse ter visto cinco homens levando as duas vítimas amarradas. Ele acrescentou que a mandante do crime seria outra mulher. Karol e Lorim foram presos alguns dias após o crime, ainda em agosto de 2024.