A quatro dias da eleição suplementar, o tema foi motivo de divergência entre deputados da base governista na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (21). Parlamentares participaram e se engajaram em eventos nesta reta final da campanha.
O assunto foi puxado ao plenário por Acrísio Sena (PT). Em aparte concedido pelo colega De Assis Diniz (PT), ele afirmou que refletores foram apagados durante ato de campanha da candidata Dra. Lígia. "Nós tivemos lá um momento delicado quando as luzes foram apagadas para deixar a carreata no escuro em pleno coração de Santa Quitéria. E eu diria que a grande pergunta que nós temos que fazer para a população de Santa Quitéria: por que está acontecendo nova eleição?", questionou.
Acrísio também relembrou do período em que a então vice-prefeita assumiu o cargo e que “mostrou capacidade de gestão e de levar novos ares para o município”. Ao final do aparte, De Assis afirmou que o parlamento não era o local de municipalizar as discussões, mas reforçou que a eleição "só termina quando se apura o último voto".
Algum tempo depois, foi a vez de Jeová Mota (PSB) abordar o assunto, sobre a divisão do PT municipal, com os seus dois vereadores apoiando Joel Barroso e apontou falhas na gestão da petista. "Só esclarecer, deputado Acrísio, a Lígia, que foi prefeita por 10 meses, ela conseguiu fazer com que o município que estava com as suas responsabilidades fiscais com 46% da folha, ela entregou depois de dez meses com 64% da folha (comprometida). Portanto, o Município sem poder fazer convênio, sem receber dinheiro. É essa candidata que vossa excelência tá dizendo que é a solução para Santa Quitéria?", indagou.
Em coletiva após o fim da sessão, De Assis disse desconhecer acordo para o não envolvimento da base governista com as candidaturas tanto do PSB como do PT. "Nós não abrimos mão de defender o PT. Desconheço qualquer acordo e estamos trabalhando para levar todos os gestores, deputados para estarmos juntos com a Lígia e a nossa vice Rayana", afirmou.
O petista também rebateu Jeová sobre a resolução do PT do município e de que haja algum tipo de acordo interno. "O que teve foi uma definição de ter candidatura própria e ao debater não houve fechamento de questão, mas não tem resolução liberando e apoiando não. Não existe esse acordo interno no Município", completou.