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Sargento e ex-secretário Ari Loureiro é expulso da Polícia Militar após acusação de motim

O ex-secretário nega, considera “injustiça” e vai recorrer da decisão

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
30/10/2025 às 18h45
Sargento e ex-secretário Ari Loureiro é expulso da Polícia Militar após acusação de motim
Foto: Reprodução

O sargento Arildson de Souza Loureiro, ex-secretário de Segurança de Santa Quitéria, foi expulso dos quadros da Polícia Militar do Ceará. A sanção máxima administrativa foi publicada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública, na terça-feira (29), considerando como principal fator ele ter sido fotografado ao lado de outros agentes quando do motim no ano de 2020, em Fortaleza.

Ao aplicar a expulsão, a CGD destacou que "tal comportamento revela-se absolutamente incompatível com a condição de praça integrante da Polícia Militar do Ceará, comprometendo a confiança, a disciplina e a hierarquia que constituem a essência da vida castrense". O processo só veio ser instaurado quatro anos depois do fato.

Em uma imagem, Ari estava ao lado do ex-deputado federal Cabo Sabino, que participou da greve. No entanto, ele e a sua defesa negam ter aderido ao movimento paredista, tendo comprovado nos autos do processo que não faltou ao serviço um dia sequer e que trabalhou normalmente durante o período.

“Recebo com muita surpresa, e aceito com tranquilidade essa decisão proferida no Diário Oficial. Sempre tive uma vida pautada na moralidade e princípios éticos, irei seguir o rito processual, recorrendo da decisão na esfera administrativa e judicial”, declarou ao AVSQ.

"Logo que intimado formalmente da decisão, adotaremos todas as medidas judiciais cabíveis para reestabelecer o status quo anterior do Militar, convicto de que a verdade dos fatos prevalecerá, e a decisão injusta será dissipada", ressaltou o advogado Francisco José Sabino Sá, da ASPRA.

O sargento foi denunciado pelo Ministério Público neste ano. A Vara da Auditoria Militar aceitou a acusação e há uma audiência com oitiva de testemunhas prevista para ocorrer em janeiro de 2026.

O controlador da CGD, Rodrigo Bona, alegou que Arildson praticou as transgressões disciplinares e que a sua expulsão configura-se como “única medida adequada, necessária e proporcional para resguardar a dignidade da Corporação”.