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Pix completa 5 anos com novas versões e favoritismo do brasileiro

Ferramenta criada pelo Banco Central se tornou o principal meio de pagamento do país, superando dinheiro e impulsionando a inclusão financeira

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: Exame
16/11/2025 às 12h26
Pix completa 5 anos com novas versões e favoritismo do brasileiro
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Responsável pela inclusão financeira de milhões de pessoas, neste domingo, 16, o Pix completa cinco anos. A ferramenta provocou mudanças estruturais nos meios de pagamento e já está totalmente integrado à rotina do brasileiro.

Este ano, até setembro, o Pix movimentou R$ 25 trilhões em transações, segundo dados do Banco Central (BC). No mesmo período de 2024, esse número foi de R$ 18,7 trilhões, o que representa um aumento de 34%. Em número de transações, de janeiro a setembro de 2025, foram 57,4 bilhões, frente a 45,5 bilhões na mesma época — um aumento de 26,15%.

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“O Pix inaugurou uma nova era nos meios de pagamento porque atacou três pilares essenciais da experiência financeira do brasileiro: simplicidade, instantaneidade e custo acessível. Ele unificou um desejo latente da população por um método rápido, seguro e universal. Não foi apenas um avanço tecnológico; foi um avanço cultural”, afirma Eduardo Sgobbi, CEO do Edan Finance Group e contador especializado nos meio de pagamentos.

Segundo ele, o Pix impulsionou milhões de brasileiros para dentro do sistema digital, especialmente aqueles que tinham resistência ao uso tradicional dos bancos. Ao todo, 71,5 milhões de brasileiros passaram a fazer pagamentos digitais após o lançamento do PIX.

Os dados da pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, do BC, mostram que a cada 100 brasileiros, 76 utilizam o Pix para pagar contas ou fazer compras. O estudo ouviu 1 mil pessoas e 1 mil empresas e tem um nível de confiança de 95%, com margem de erro de 3,1%. Ao serem questionados sobre quais meios de pagamento costumam utilizar para pagar as suas contas e/ou fazer compras, o Pix lidera o ranking, subindo de 46,1% em 2021 para 76,4% em 2024. Em contrapartida, o uso do dinheiro em espécie caiu de 83,6% para 68,9%.

O uso de Pix, por recorte de gênero, tem frequência parecida : 74,5% (feminino) e 78,4% (masculino). Por idade, nove em cada 10, aproximadamente, das faixas etárias de 16 a 24 anos, 25 a 34 anos e 35 a 44 anos utilizam o Pix. De 45 a 59 anos, esse número é sete em cada 10, enquanto 60 anos ou mais é quatro em cada 10.

No comércio, o dinheiro é a forma de pagamento mais aceita (99,1% em 2024) no estabelecimento onde a pessoa trabalha, seguido por Pix (98,7%). Em relação à frequência, o cartão de crédito é o mais comum (41,9% em 2024). Logo na sequência vem o Pix, que cresceu de 8,8% em 2021 para 25,7% em 2024.