Nos cálculos da IDC, o Brasil deve fechar 2012 com a venda de 2,5 milhões de aparelhos, ante 800 mil do ano passado - alta de 212,5%. Em 2010, foram 110 mil. "A taxa de crescimento da venda de tablets é mais acelerada que a dos notebooks e desktops", diz o analista para o mercado de tablets da IDC, Attila Belavary.Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um. Já para cada sete notebooks e desktops este ano deve ser vendido um tablet, ante uma relação de 18 para um em 2011.O grande indutor desse aumento é a redução dos preços. Algumas empresas nacionais já contam com os benefícios tributários concedidos pelo governo por meio do Processo Produtivo Básico (PPB), como a Positivo. Já as multinacionais Samsung e Motorola também usufruem da medida por fabricarem localmente. A estimativa da IDC era de que, no início do ano passado, apenas 3% dos tablets custassem abaixo de R$ 1 mil, porcentual que se elevou a cerca de 33% nos primeiros três meses deste ano."Antes, eram poucas as opções e os tablets eram muito caros", diz o diretor de Estudos de Mercado da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues. Atualmente, no mercado brasileiro há uma divisão básica entre três faixas de preços por marcas: o iPad, da Apple, na maior; o Galaxy, da Samsung, e o Ypy, da Positivo, entre outras, no meio; e os importados de marcas menos conhecidas, a maioria chinesa, na faixa de baixo. "Os mais baratos representaram cerca de metade das vendas do setor em 2011", estima Rodrigues.
Estado de SP