Médico descreve lesão em 'zig-zag': O médico que atendeu Giacominni escreveu que "a lesão no olho do comerciante é irregular, denteada, ou em zig-zag e perfurante" e concluiu que "somente os 'dentes metálicos' da tampa da garrafa poderiam levar a tal ferimento".A perícia concluiu que "em condições especiais de temperatura e agitação anterior do frasco, a tampa pode sair com velocidade a ponto de ferir o operador ou pessoas próximas, inclusive atingir os olhos" e que "se submetida a altas temperaturas, a garrafa do refrigerante poderia explodir".A empresa alegou, em juízo, que a perícia não foi conclusiva. Em sua defesa, a companhia afirmou que o fato de a garrafa ter continuado cheia de líquido torna improvável a ocorrência do acidente da forma como foi narrada pelo comerciante.Com base na perícia técnica e nas declarações do médico que socorreu o comerciante, a Justiça concluiu que "só uma enorme pressão do líquido dentro da garrafa poderia ter ocasionado o estouro e danos com hemorragia intensa" e afirmou que o exame feito na garrafa não encontrou "amassamento ou atritamentos metálicos que pudessem sugerir a utilização de qualquer instrumento para a sua abertura".
Rogério Barbosa - Do UOL, em São Paulo